Memórias de um final de semana

Final de semana passou e agora o que sobrou dele? Recordações! Caixinha cheia de memórias!

Depois de rodar o bairro atrás de pipa para comprar consegui achar, mas ainda faltou algo a bendita da rabiola, bom bora fazer então. Na sexta a noite iniciamos a produção de rabiola o papai Diego fazia os "nozinhos" e eu cortava as sacolinhas e colocava na linha para amarrar enquanto isso as crianças dançava ao som de Sinach e depois viram diversas versões de Davi e Golias, Heitor por sua vez caiu várias vezes ao chão imitando o gigante Golias. Enquanto fabricamos nossa rabiola, papai Diego trouxe suas memórias de menino, quantas recordações que girou em torno dessa brincadeira na vida dele.

Lembrou de quando cortava bambu para fazer as varetas, as reuniões com os amigos para fazer os pipas e as rabiolas, as diversas brigas, as correrias nas ruas atrás do pipa perdido, os machucados que sofreu, as cicatrizes que ficaram, os pipas que descarregou após chegar o fim das férias escolares, quantas histórias foram lembradas, vivemos uns instantes de nostalgia vivendo essas lembranças.

Enfim rabiolas prontas, as crianças já estavam ansiosas para soltar pipa, no sábado seguimos para a saga de soltar pipa seguimos logo pela manhã, fomos a uma praça perto de casa mesmo sem movimento de carros e pessoas devido a pandemia.

Vento a favor da brincadeira, mas foram várias as tentativas da minha parte sem sucesso, papai Diego já estava achando que não ia conseguir, quando enfim estava ela linda lá no céu causando um furor e novamente trazendo as memórias.

Logo a lata de linha foi de mão em mão, eu a as crianças não tivemos esse frisson todo mas curtimos ali nosso momento em família, as crianças logo desinteressaram e foram descobrir o local.

Memórias, mais uma vez vem elas para criar algo em nossas cabecinhas. Como a criação de memórias é importante para refletirmos sobre a vida e o que nos tornamos. Ainda vou falar muito aqui no blog sobre memórias e a necessidade de cria-las e como elas influenciam nossa vida.

Sabemos que a continuidade desse processo é importante, pode ser que eles não se interessaram pela brincadeira de soltar pipa, mas memórias foram criadas quando machucaram naquele dia, quando subiram em todas as pedras da praça, quando a minha pipa enroscou na árvore, quando dividimos nossa linha com outras crianças e por fim o momento que confeccionamos a rabiola e geramos um momento de alegria e entretenimento em casa. Tudo isso são memórias, incentivo você a criar memórias independente se seus filhos já estão grandes.

Curiosidade sobre as Pipas

A origem das pipas é muito antiga e existem vários registros de objetos voadores controlados por fios entre os egípcios, hindus, africanos e fenícios. Na China, as pipas eram popularmente utilizadas em festas e celebrações para atrair prosperidade, séculos antes de Cristo. Com os comerciantes, as pipas se tornaram muito populares por toda a Ásia.

O mercador e explorador Marco Polo (1254-1324) foi um dos primeiros ocidentais a conhecerem e registrarem as potencialidades das pipas e há relatos de que ele teria até usado as pipas em batalhas. Já em 1496 Leonardo Da Vinci fez diversos estudos para a construção de máquinas voadoras com a base nas pipas, o que também aconteceria séculos mais tarde, com a criação do 14bis por Santos Dumont. Na história uma das pipas mais famosas foi o experimento de Benjamim Franklin em 1752 que empinou uma pipa com uma chave metálica presa ao fio durante uma tempestade, para comprovar que a eletricidade das nuvens seria captada pelo metal, em um rudimentar para-raios.

Aqui no Brasil as pipas chegaram com os colonizadores portugueses e se tornaram muito populares, com diferentes nomes dependendo da região, como pipa, raia, papagaio e outras variantes! Feitas basicamente de bambu, seda, tiras de papel e fio, as pipas podem ser preparadas em casa e ir muito além do tradicional formato triangular: há diversos modos e formatos para colorir os céus!

Importante lembrar que para a brincadeira permanecer divertida e sem riscos, é proibido o uso de Cerol nas linhas das pipas, que podem provocar cortes tanto nas crianças que empinam a pipa quanto nos pedestres ou motociclistas que estejam passando.

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